O A16 Bionic não é assim tão diferente do A15 em termos de performance
O A16 Bionic é o mais novo processador feito pela Apple para celulares e o primeiro que ela constrói com um processo de 4 nanômetros.
Todos os anos ela enfatiza bastante os grandes avanços entre uma geração e outra, mas em 2022 foi diferente. Na apresentação do iPhone 14 Pro ela não comparou o A16 ao A15, e sim com o… A13 Bionic, de 2019.
Qual a razão disso?
É o que analisaremos neste artigo.
A Apple não ressaltou as melhorias de performance em relação ao modelo do ano passado.
E isso porque as diferenças entre eles são menores que as de outros anos.
Geekbench
Um dos mais populares sistema de medição de performance é o Geekbench.
Segundo os primeiros resultados, os números do A16 não são muito superiores aos do A15.
single-core | multi-core | |
A16 Bionic | 1.879 | 5.378 |
A15 Bionic | 1.709 | 4.794 |
A14 Bionic | 1.588 | 4.198 |
Como se vê, a diferença entre o A15 e o A16 não é maior que 12%. É bom? É, toda a melhora é boa, mas estávamos acostumados a crescimentos de 20 ou 30% de um ano para o outro.
O que isso significa
Não é à toa que na apresentação ela usou o A13 como referência. Isso porque há tempos os chips da Apple não são ultrapassados por ninguém da concorrência.
Por mais que fãs de Android detestem ler isso, o fato é que não há nenhum celular com SoC da Qualcomm ou qualquer outro fabricante que tenha batido ainda a performance do A13 Bionic.
Então, desde 2019 a Apple não tem concorrentes em termos de processador móvel.
Isso dá uma margem para ela não precisar correr atrás de tanto aumento da performance, podendo focar em outras funcionalidades e melhorias do aparelho.
Eficiência energética, tela e câmeras
Curiosamente, ao falar do novo processador a apresentação ressaltou três focos da atualização: eficiência energética, tela e câmeras.
Ou seja, ela deixou de fazer comparações de performance para destacar o que o novo processador melhorou no aparelho.
Primeiro, uma grande diferença no novo chip é que ele é construído em um processo de 4 nanômetros, contra os 5nm do A15. Isso, por si só, já ajuda a manter o nível de performance do processador consumindo 20% menos bateria do aparelho.
Segundo, um novo Display Engine do SoC permite uma frequência de 1Hz na tela, o que possibilita o recurso da tela sempre ativa (Always-On), uma luminosidade mais alta (2.000 nits) e uma animação mais fluída na Dynamic Island.
Terceiro, o A16 dá mais poder ao sistema de câmeras do iPhone, com grandes melhorias em fotos com pouca luminosidade, além da resolução 48MP com um sensor quad-pixel.
Conclusão
Ou seja, o A16 Bionic pode não aumentar consideravelmente a performance do aparelho como um todo, mas traz melhorias significativas para o usuário em áreas específicas.
Não tem como não dizer que o iPhone 14 Pro é um melhor aparelho que o iPhone 13 Pro.
Mas isso não significa que se você já tem o 13 Pro precise desesperadamente trocar para o novo. Aliás, todos os anos falamos aqui que os novos iPhones não são voltados para quem comprou o modelo do ano anterior.
A não ser que dinheiro não seja um problema para você (e nesse caso, trocar de iPhone é como escolher qual camisa vai vestir amanhã), não tem porque quem já tem um iPhone 13 Pro (ou Pro Max) trocar para o novo modelo.
Claro que sempre há recursos novos que ficamos loucos para termos em nossos aparelhos, mas se o seu atual celular já lhe atende bem, não tem porque trocar.
Muitos leitores já nos contaram que costumam trocar de iPhone em um período de três em três anos. E você?